Recordações
Já aqui falei da minha gaveta das recordações que é um arquivo muito especial onde eu guardo todas as coisas boas e menos boas, porque aprendi com as menos boas. Assim, de vez em quando eu regresso à minha gaveta das recordações e recordo pessoas e o que vivi com essas pessoas, algumas perdi-lhes o rasto, outras ao fim de alguns anos reencontrei-as com uma vida e às vezes até de uma maneira diferente e chego à conclusão que já não me identifico com aquela pessoa, que o que vivemos ficou definitivamente na gaveta das recordações. Há ainda algumas pessoas (poucas) que me acompanham desde sempre, ou seja a minha gaveta das recordações em que essas pessoas se inserem continua a aumentar e isso é tão bom.
Aquando da minha mudança a meio deste ano que já está quase a terminar houve mais uma gaveta das recoradções que se abriu e que me fez viver coisas de uma forma tão intensa que parecia que eu tinha mesmo recuado no tempo, mas não recuei e ainda bem, porque soube bem abrir aquela gaveta e perceber que o tempo é agora, porque só agora eu tenho maturidade para viver e sentir a pessoa que está ao meu lado e que durante tanto tempo esteve adormecida na minha memória.