A pieguice do meu filho transformou-se de facto em doença e à hora do almoço lá fui chamada à escola porque o pequeno estava com febre, a tarde foi passada no sofá com mimos da avó, mas mesmo assim a febre não desapareceu e foi também uma constante durante a madrugada, os mimos da avó continuam na esperança que desta vez resultem e não tenhamos que fazer uma visita ao sr. DR.

Hoje o meu filho às 7h da manhã enfia-se na minha cama a dizer que tinha tido um pesadelo horrível que até estava tonto, resultado voltou a adormecer de imediato, a cama da mãe tem este efeito terapeutico, passado alguns minutos lá o acordei e começou a lengalenga do termos que nos levantar para ir para escola e para o trabalho, muita refilice porque tinha sona, porque doia a cabeça, porque estava a ficar doente.

Quando chegamos à escola, após o caminho ter sido feito a refilar, lá he disse que ele hoje estava muito piegas, resposta:

-"Pois estou, piegas e com sono!" 

É assim a pieguice masculina quando existe a possibilidade de se estar doente é algo já vem formatado nas crianças do sexo masculino, faz parte dos genes, impressionante!

Há tempos ao remexer em caixas que estão em casa da minha mãe fui dar com diários de adolescente reli alguns na diagonal e deparei com um texto em que eu dizia que a partir daquele momento iria passar a sorrir quando andasse na rua, porque era mais fácil fazer amigos se eu sorrisse e também porque o dia me correria melhor e também porque as pessoas ao meu redor seriam mais simpáticas. Ora eu teria entre os 14/15 anos quando escrevi isto e de facto é verdade, hoje passados 20 anos tenho a noção que o meu dia corre melhor quando sorrio, só constatei que as pessoas à minha volta nem sempre são simpáticas e isto é algo que me deixa surpreendida, porque eu nunca consegui perceber como é que algumas pessoas conseguem começar o dia como se o mundo fosse cair em cima da cabeça delas. Podem-me dizer que estão a atravessar momentos dificeis, mas não será mais fácil ultrapassa-los com um sorriso? No entanto existem também aquelas pessoas que parece terem prazer em ser desagradáveis para com os outros. Hoje o dia para mim está um pouco cinzento (literalmente, não é só da chuva), mas no entanto continuo a acreditar que a melhor maneira de chegar ao fim é SORRIR!   

Após alguns dias de descanso que me souberam ao infinito estou de volta com energias redobradas para a rotina do costume: casa, família e trabalho!

Foram 5 dias fantásticos, todos eles preenchidos sempre com muita gente, crianças, alegria e muitas gargalhadas e boa disposição! Quero repetir!

O ANO NOVO chegou no meio do "nada", que é como quem diz no meio de um monte do meu querido Alentejo, com as crianças eufóricas e com os adultos a voltarem a ser crianças, foi como eu gosto só com os amigos e a família do dia-a-dia, ou seja quem é realmente importante.

Os miúdos andavam felizes com tanto espaço para brincarem e poderem sujar-se, muitos animais (cães, gatos e mais todos os animais de quinta), assim que cheguei no dia 31 à tarde tive logo uma boa noticia, o meu filho tinha superado a fobia dos cães, graças ao homem lá de casa e à princesa, agora já consegue estar próximo de um cão sem trepar por nós acima e sem desatar aos gritos.

Este foi um desafio superado ainda em 2013!

Depois da entrada em 2014 com o pé direito rumamos numa viagem de 500 KM até Almeida desta feita, para levar para o destino uma PORCA, verdadeira, chegou viva e encontra-se bem para em breve ter leitoezinhos, mais uma aventura em que o porco é a personagem principal e emblemática.

Assim o animal viajou, desta vez não na 1ª classe de um comboio, mas sim dentro de um contentor de lixo, onde foram feitos uns furos para poder respirar e na carrinha, portou-se lindamente a nossa porquinha grávida que nem demos pela sua presença.

Depois de 1 dia em Almeida que mal deu para descansar de uma viagem tão longa, pelo menos para o homem lá de casa que foi o motorista de serviço e que se levanta sempre de madrugada, rumamos com destino a Aveiro para passarmos o fim-de-semana, visitarmos a família onde se incluem 3 crianças que se juntaram às nossas para brincadeiras non stop, e foi bom ouvir risos, gritos ainda que às vezes lhes pedissemos para ter calma, mas reportei-me muitas vezes à minha infância e vi-me em situações idênticas de brincadeiras.

Ontem foi dia de regressar, de preparar tudo para o começo de mais um ano civil e laboral, de voltar a pegar na agenda, que foi esquecida durante 5 dias.

Assim só me resta desejar um bom ANO ANO de 2014!