Tenho por hábito pensar em tudo, de tal forma que os últimos dias tem sido dificeis para adormecer, tenho que dizer ao meu cerébro: "agora vais dormir que eu amanhã tenho que acordar cedo", porque além de fazer um rewind do meu dia faço também dos acontecimentos da minha vida e isso dá para longas horas a pensar.

Costumo ler um blog Dias de Uma Princesa de Catarina Beato que tem uma frase fantástica "A vida resolve-se sozinha" e é verdade, quando eu não sei o que fazer em determinada situação simplesmente ponho o assunto de parte e parece que aos poucos consigo ter mais clareza e resolver o que parecia difícil, isto para dizer que os meus últimos pensamentos vão para a velocidade a que as coisas sucedem na minha vida e que às vezes é preciso travar essa velocidade para colocar prioridades e dizer: "agora vai ser assim" porque a calendarização da nossa logística faz com que a vida se resolva sozinha e se simplifique. 

Este fim-de-semana foi de trabalho no sábado durante todo o dia e o domingo foi supostamente para descansar não fosse o tempo horrível e o facto de ter  dormido mal interfere no meu humor, ou seja má disposição assim que saltei da cama, mais crianças em casa por causa da chuva e muitas contagens até 10 para não desatir com elas, às vezes o S. Pedro podia ser meu amigo!

À tarde lá compensei a criançada e fomos ao cinema, com o homem lá de casa a refilar que tinha muita coisa para fazer e que eu devia ajudá-lo mais e que às vezes mais parece que não me interesso com nada e para terminar que os miúdos tem imensos brinquedos e que se não conseguem se enterter ele não tem culpa, lá contei outra vez até 10 respirei fundo para não gerar ali uma discussão conjugal, logo.

De resto o filme até foi divertido e tarde passou-se bem e as crianças ficaram felizes, que é o que importa.

Há dias em que precisava de outro fim-de-semana para me recompor do dito, mas apesar de todos os alertas de temporal a semana há-de correr melhor com esperança de haver sol no próximo fim-de-semana para fazermos todas as coisas importantes que o homem lá de casa tem para fazer.

Começei a minha aventura de escrever um blog no final do ano passado, costumo visitar outros blogs mas normalmente não deixo comentários, não sei bem porquê, acho que às vezes me sinto uma intrusa, é com certeza uma parvoíce.

Até à data quem visita o meu blog também ainda não deixou comentários, às vezes aparece um gosto na minha página do facebook, mas pouco, isto para dizer que nos blogs que eu visito às vezes aparecem comentários depressiativos em relação ao que os autores escrevem e muitas vezes ultrapassam a linha do respeito, ora todos nós temos direito à nossa opinião, todos nós temos o direito de concordar ou discordar uns dos outros, o que nós não temos é o direito de tratar mal os outros até porque às vezes não conhecemos a pessoa que escreve e mais não nos podemos esquecer que um blog embora esteja disponível na internet é algo pessoal, tem a ver com as vivências de cada um, com aquilo que cada autor vive, pensa e age.

Acho que podemos e devemos dizer que discordamos de qualquer assunto, mas podemos fazer isso sem magoar ninguém, sem interferir no modo de pensar e agir de quem escreve.

Esta semana finalmente a fada dos dentes fez-nos uma visita, já havia ameaçado o tão esperado dente já estava a abanar e numa noite passada fora de casa, em casa dos tios, eis que o dente caíu e a fadinha nos visitou.

O meu filho não cabia em si de felicidade por o dente ter caído, é assim uma espécie de subida de mais um degrau no crescimento, como quem diz: "Agora é que eu estou crescido" e é verdade, todos os dias ele cresce mais bocadinho e fica cada vez menos dependente de mim e dá medo vê-lo crescer.

É um medo "bom", mas medo, às vezes gostava de viver por ele tudo o que de menos bom lhe vai acontecer, mas não posso e já me chamam tantas vezes de mãe-galinha e me dizem tanto que não lhe dou espaço para aprender por ele.

Assistir ao crescimento de um filho tem as duas faces da moeda: podemos ensiná-lo, explicar-lhe porque um caminho é melhor que outro, dar-lhe amor e estar presente em todos os momentos, mas não podemos decidir por ele.

Quando dei conta o mês de Janeiro já estava a chegar ao fim e prestes a entrar em Fevereiro, felizmente os dias estão mais compridos com mais uma hora de luz faz toda a diferença eu que amo de paixão os dias grandes e quentes não vejo a hora de chegar a primavera.

De vez em quando tenho estes momentos em que parece que o tempo passou depressa demais e algures ali pelo meio eu devo ter estado a dormitar pois faltam-me algumas horas em que devia ter feito algo útil e não fiz.

Ás vezes sou assolada por uma falta de imaginação imensa ou por não saber sobre o que escrever ou ainda por não me apetecer mesmo nada escrever, porque embora eu tenha um affair com a escrita há dias em que simplesmente não apetece e não é por nada é só porque parece que ficamos sem ideias ou os pensamentos não fluem.

O que não acontece com o homem lá de casa que está decidido a também ele criar um blog e começar a ditar (sim porque as ideias serão dele, mas quem tecla sou eu) tudo o que lhe vai na alma e que é muita coisa, sobretudo no que diz respeito a reclamar sobre tudo o que vai mal no nosso pais e arredores, porque embora o homem lá de casa já tenha percebido que não consegue mudar o mundo lá bem no fundo ele acredita que se calhar ainda é possível nem que seja só um bocadinho.

Eu às vezes sinto-me pequenina junto de tanto rejubilio, tanta vontade de ser diferente e de fazer coisas diferentes que o passam pela cabeça do homem lá de casa, fico simplesmente a sentir que me falta empenho ou vontade para tudo o que ele é capaz de projectar.

Mas não é nada disso analisando bem os factos é simples, o homem lá de casa quer fazer tudo o que projecta num curto espaço de tempo como se o mundo fosse acabar amanhã, e eu sou mais pelo ponderar tudo ao pormenor, ver a viabilidade de qualquer pensamento ou projecto que lhe assole o cerébro e só então pôr mãos à obra.

Nem sempre o que se aprende em física se pode aplicar na vida real, sobretudo numa relação porque às vezes os opostos em vez de se atraírem... chocam!