Dormir a Correr
Este fim-de-semana foi recheado de muito trabalho, dormi literalmente a correr, começou na 6.ª feira e só terminou ontem às 18h30, foi muito duro, recheado de emoções fortes.
O homem lá de casa ficou doente, com uma gripe brutal, na 6.º feira a seguir ao almoço tive que largar tudo e ir a casa para tratar dele, passou o fim-de-semana de molho e hoje já rumou ao médico para um diagnóstico mais preciso, entretanto e como em alturas em que eu precisava de ficar em casa, lá saí a correr para ir trabalhar e quando eu achava que mesmo assim ia conzseguir dar alguma assistência ao homem lá de casa, eis que me aparece outro trabalho e desta feita para mexer com as minhas emoções.
O pai de uma amiga de infância deixou-nos, o pilar de uma família ruíu quando ninguém esperava e eu tentei como pude consolar um coração destroçado, não foi fácil, sobretudo porque não consegui deixar de me colocar no lugar dela e imaginar o quanto vai ser horrível passar por aquilo que ela está a passar agora, foi triste muito triste. Foi seguramente um dos piores momentos do meu trabalho, eu não consegui evitar que as emoções viessem ao de cima, ainda assim consegui fazer o meu trabalho, no meio de choros e palavras de conforto.
E foi assim, no meio do trabalho lá saía eu a correr para casa para saber como o homem lá de casa estava, e para tentar minimizar a minha falta, mas eu não consigo ser omnipresente e não consegui deixar de me sentir impotente por não conseguir dar a assistência que eu queria ao homem lá de casa.
Espero agora que os próximos dias sejam mais calmos, pois aproxima-se um dia muito importante para mim e depois de alguns anos sem estar presente no aniversário do meu filho gostaria de poder viver este momento sem ter que ir trabalhar.