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acimadetudoviver

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Livros

As 50 Sombras de Grey - E.L.James

26.09.20, acimadetudoviver

Já muito se falou sobre esta trilogia, já li todo o tipo de critíca e já ouvi todo o tipo de opiniões, há quem tenha gostado, há quem tenha detestado, quem não tenha passado do 1.º capítulo, quem tenha devorado cada livro em dois dias. 

Eu sou muito cuidadosa a emitir opiniões, dificilmente falo sobre o que não conheço nomeadamente no que diz respeito a livros ou filmes, nem sempre a minha opinião vai de encontro ao que a maioria das pessoas gosta ou não gosta, em relação a estes livros ainda não os tinha lido ou simplesmente pegado neles em qualquer escaparate de livraria ou supermercado.

Este Verão foi mais uma novidade e eis que resolvi ler a autora de que toda a gente fala e como se não bastasse em vez de ler em livro decidi apostar no e-book, que foi uma coisa que eu achava que não ia ser fácil nem captar a minha atenção afinal eu sou muito pelos livros físicos, gosto do toque das folhas e do cheiro da tinta de impressão no papel, foi uma surpresa pois não só me adaptei como também foi fácil me concentrar na leitura.

Agora voltando às "50 Sombras de Grey" pode não ser uma obra prima, que não é, definitivamente não podemos comparar  E.L.James a Emily Brontë ou mais recente a Daniel Silva, mas também não é nenhum romance de "cordel", lê-se bem, prende facilmente a atenção, acredito que tenha tido muito trabalho de pesquisa sobre o tema e que a autora não se tenha baseado só em filmes pornográficos básicos ou sex-shops e em alguns pormenores conseguimos perceber o rigor britânico(embora a história seja passada na América, a escritora é inglesa), sobretudo na questão de haver um acordo escrito e o facto de a relação começar como se de um "emprego" se tratasse. Resumindo, gostei, em semana e meia despachei os 3 livros, lá está, é uma história leve apesar de ser um tema pouco comum, o sadomasoquismo, não tem nenhuma mensagem recriminatória, é apenas uma história, não coloca rotúlos nem faz menção se é certo ou o errado, o importante a retirar desta história é perceber que entre duas pessoas com amor ou não, o sexo tem que ter respeito e o mais importante que quando é sim é sim e quando é não é não seja para o que for e como for. Para mim foi o mais importante que retirei desta trilogia, de resto nada me choca, senti-me bem a disfrutar da história e como em qualquer outro livro que leia consegui me transportar para o enredo e viver através dos olhos das personagens.

Talvez o livro que gostei menos foi "As 50 Sombras Livre" pois achei que tinha perdido o erotismo dos outros 2 volumes, já estava mais romanceado, já era uma história mais mundana com umas cenas de sexo pelo meio.

Curiosamente quando terminei de ler a trilogia passou o filme na Fox, também ainda não tinha visto e fiz questão de ver para ter a certeza de que o livro supera a ficção, não sei como são os outros filmes mas o primeiro eu achei-o redutor, não faz jus à história e aí sim faz parecer que se trata de um romance de cordel, neste caso sou obrigada a dar ouvidos à critica de cinema, não consigo perceber o que gosto menos, se o modo como as personagens encarnaram a história, não se enquadram nada ou se os diálogos, também não estão nada bem delineados e eu não percebo nada de linguagem cinematográfica é só a minha opinião, depois todo o enredo do filme acaba por se perder completamente, parece que as cenas são feitas sem qualquer fio condutor. Enfim o livro conseguiu-me transportar para a história, o filme nem por isso.

 

 

Novos Hábitos

22.09.20, acimadetudoviver

Este Verão foi pautado por algumas novidades, uma delas foi o facto de ter ido ao cinema sozinha, nunca tinha acontecido não sei porquê, eu que não me privo de ir a lado nenhum independentemente da companhia ou não, ainda não tinha acontecido.

Foi de repente, o meu filho tinha acabado de ir para férias com o pai e eu no fim-de-semana achei que precisava desesperadamente de sair e apeteceu-me ir ao cinema e senti-me tão bem mesmo sozinha, fui ver uma comédia francesa " Bem Vindos a África" e foi muito divertido. Eu nunca fui muito fã do cinema francês, sempre achei que aquilo era muito aborrecido, muito parado, também não aprecio o idioma e o sotaque, mas ultimamente tenho tido algumas surpresas agradáveis tanto ao nível do cinema como das séries, já que sou fã da "Candice Renoir" e da "Nina", assim como já tinha visto o ano passado a comédia "Ibiza" e também foi muito divertido.

Claro está que a sala de cinema estava reduzida na lotação e também não havia muita gente, mesmo para assistir outros filmes, não sei se era por ser período de férias ou se as pessoas tem algum receio. Eu sei que temos que ter cuidados e tentar evitar aglomerados de pessoas, mas temos também que tentar não nos deixar levar pelo medo e fazer com que a nossa vida seja o mais normal possível tentando fazer o que gostamos, porque senão a nossa saúde mental vai-se. Falo por mim desde que temos esta "ameaça" sobre nós parece que às vezes me sinto claustrofóbica e com uma necessidade maior de sair e de fazer qualquer coisa, e se eu me sinto assim e não estive em confinamento, nem quarentena porque o meu trabalho não permite, nem sequer imagino o que sentem as pessoas que passaram por tudo isso e algumas delas continuam em teletrabalho.

 

Setembro

21.09.20, acimadetudoviver

Chegou Setembro, depois de um verão muito intenso, com as emoções à flor da pele, chegou Setembro agridoce, as emoções continuam à flor da pele e todos os dias é um misto de sorrisos e lágrimas, mas vai passar.

É o meu mês, o mês que me sinto renascer e que é sempre cheio de novas perpectivas e este ano não é diferente porque me obriguei a isso. O meu filho regressou de férias e eu decidi que os nossos passeios de fim-de-semana iriam recomeçar, porque é importante, porque nos divertimos, porque ele sentiu muito quando tivemos que suspender a nossa vida por causa de uma doença que é invisível mas que nos atinge a todos.

Assim, já fomos passear por Lisboa e ficámos a conhecer o Museu da Marioneta em Santos que foi uma agradável surpresa, vale muito a pena visitar pois tem um espólio vasto e muito bonito, cheio de história e ainda passámos pelo Palácio da Ajuda mas algumas salas estavam fechadas para restauro, voltaremos lá novamente para ver como ficaram.

No meu aniversário também aproveitámos para uma ida ao teatro desta vez algo diferente, foi um musical, mas com alguma sátira à mistura e uma linguagem um pouco mais hardcore pelo menos para o meu filho, pois houve partes que ele não entendeu, mas ele pediu-me para ir ver a "Avenida Q" e eu achei que sim, apesar de ele ter apenas quase 13 anos, não foi nada chocante.

Entretanto estes passeios valem também por isso, são mesmo passeios porque eu me recuso a ir de carro para Lisboa e aproveitamos agora que a cidade é outra vez dos portugueses, já não temos nem o metro nem os comboios a transbordar.

Já quase passava em branco, a ida à Feira do Livro, como não poderia deixar de ser, foi o primeiro passeio do mês e foi durante a semana e ao fim da tarde, pois apesar de ser ao ar livre é sem dúvida a melhor hora para se poder visitar todos os stands, pelo menor número de pessoas e pelo calor que naquela altura ainda se fazia sentir.

Tem sido bom estes dias de Setembro, tenho conseguido não só passar bons momentos com o meu filho como vou ocupando a minha cabeça com pensamentos agradáveis e tentando deixar de parte o que ainda me deixa triste.