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acimadetudoviver

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O fim de 2020

28.12.20, acimadetudoviver

Diz o calendário que caminhamos a passos largos para o fim de 2020, esta costuma ser uma altura de reflexão e de tomar uma serie de decisões e fazer promessas que caem por terra aos primeiros minutos do novo ano, é assim como as dietas começam sempre à segunda-feira. Não sou dada a este este tipo de reflexões nesta altura do ano, como já aqui disse costumo fazer este exercício em Setembro, costuma ser a altura de alterar o que está mal na minha vida e manter o que está bem. Não tenho a tradição da peça de roupa interior azul na passagem de ano, assim como não peço desejos à medida que dão as doze badaladas e também não como passas, aliás maior parte ds vezes esqueço-me e também a parte dos desejos é sempre um pouco ingrata pois nunca sei o que pedir.

Ora, regressando a 2020 o que dizer deste ano que está prestes a ir embora, assim de repente e sem fazer um grande esforço de memória dizer que está ao nível do ano de 2019 e não consigo destacar nada que me tenha trazido uma felicidade imensa. O mês de janeiro levou mais uma pessoa da minha vida, em fevereiro tive alguma paz, tive tempo de qualidade para o meu filho e até tinha feito alguns planos, em março a vida tal como a conhecia deixou em parte de existir, apareceu uma doença que me obrigou a toda uma organização e nova forma de viver. Assim, entre março e setembro tentei viver o melhor possível e tentei fazer o que estava habituada, não foi fácil. Apartir de outubro voltou a piorar tudo e assim tem continuado até dezembro, os programas com o meu filho foram drasticamente reduzidos, mais ainda, ou completamente inexistentes o que tanto para mim como para ele é uma falha grande porque são os nossos momentos. E para que nada falhe o ano termina como começou e o mês de dezembro leva-me outra pessoa da minha vida.

Estes são os destaques de 2020, nos intervalos trabalhei, muito, consegui alguns momentos de qualidade para mim e para o meu filho, consegui fazer coisas diferentes, emagreci, muito e mudei de casa.

Para 2021 só desejo duas coisas saúde e uma "revolução" na minha vida, mas no bom sentido claro, algo que seja bom tanto para mim como para os meus.   

Dezembro

09.12.20, acimadetudoviver

Este mês costuma ser um mês feliz para mim, é o Natal que eu gosto muito sobretudo por causa das luzes na rua e das decorações das casas, por causa dos doces natalícios que só sabem bem nesta altura do ano,  e eu este ano já me presenteei com sonhos, azevias, filhós, bolo rei e bolo rainha, não consigo resistir pode ser que ajude na dieta de engordar.

Este mês é também mês de aniversário do meu filho, precisamente no dia de Natal, que este ano já conta com 13 anos de irreverência na sua plenitude da adolescência, é bom e assustador ao mesmo tempo.

No entanto este ano o mês de Dezembro entrou um pouco a medo com uma série de normas que nos faz pensar 2 vezes antes de fazermos o que quer que seja, pois o medo tolhe-nos a espontaneidade e a alegria própria da época e o prazer de estar com as pessoas e de apreciar toda a beleza que enfeita as cidades. Ainda não consegui ir passear, assim como não consigo ir a espectáculos culturais que tinha pensado ir, pois com restrições de circulação entre concelhos deixa de ser possível e se por um lado eu consigo perceber que é para o bem de todos, por outro lado não consigo deixar de pensar como é que toda uma sociedade vive sem conviver, sem estar, sem ser, se para mim que continuo com toda a minha vida normal, com o mesmo horário de trabalho e sem qualquer restrição "obrigatória" é difícil porque implica toda uma alteração de horários e uma reorganização e planeamento de actividades que nem sempre é possível.

Tenho muitas saudades da liberdade de ir e vir, esta pandemia trouxe-me uma realidade que nunca tinha vivido e às vezes tenho alguma dificuldade em vivê-la, embora lá está compreenda tudo o que está em causa e não tem nada a ver com política, tem a ver com o meu estar, com o meu ser, tem a ver com o meu eu interior e sobretudo com a minha cabeça que após 9 meses de pandemia às vezes sinto que está um pouco desiquilibrada.