Ao longo de meses, semanas e dias o que nos ocupa é tanto entre trabalho, filhos  que às vezes pouco resta para fazer o que realmente gostamos e assim se passa a vida, a desejar que o fim-de-semana chegue ou as tão ambicionadas férias, mas de vez em quando a vida põe-se pelo meio e dá-nos um abanão para que aprendamos a abrandar, foi o que aconteceu comigo.

Fui "obrigada" a entrar em modo slow motion e começar a reaprender a andar mais devagar e isto no sentido literal, pois parti um tornozelo em mais uma das minhas quedas que desta vez fez mossa e grande. Agora apesar de já estar a trabalhar tenho que pensar em tudo o que faço com mais antecedência e correrias nem pensar, é toda uma nova organização da minha vida que tem uma ajuda crucial do meu filho para que aos poucos eu consiga recuperar.

Esta minha queda aconteceu no fim-de-semana antes do Natal, numa altura em que eu costumo preparar uma série de actividades com o meu filho sempre que o trabalho me deixa, ainda consegui fazer algumas, mas a fractura do tornozelo fez-me ficar de molho 6 semanas com gesso e a juda de novas amigas "canadianas" para me deslocar, tem sido uma aventura e tanto.

Só o que eu já refilei e praguejei não tem conta, o médico que me está a assistir vai me incutindo uma série de cuidados a ter para que a minha recuperação tenha sucesso mas eu não tenho paciência e quero tudo para ontem e não há dúvida que a falta de mobilidade é uma coisa de transtorna o nosso dia-a-dia, mas eu não desisto e depois de ter tido a consulta de fisiatria já com algumas ajudas e indicações médicas para fazer algumas movimentações ao pé, tenho para mim que quando iniciar a fisioterapia já metade do trabalho estará feito.

Agora só quero uma boa recuperação e já agora que esta nova organização da minha vida sirva para aprender que a vida vive-se melhor e for mais devagar.